Mesmo regando todos os dias ou usando uma irrigação automática, as plantas não ficam tão viçosas como quando chove.
E isto é mais notável nos trópicos, onde a diversidade florística não apenas é maior, mas também apresenta uma exuberância intensa — seja pelo tamanho avantajado das folhas ou pelas floradas intermitentes, independente da estação.
As chuvas têm uma grande responsabilidade nessa fecunda abundância que vemos nas matas e jardins que mantém características genuínas. Isto porque, além de hidratar as plantas com água livre de dióxido de cloro, sais ferrosos, permanganato de potássio, ácido peracético etc. (que alteram o pH e eliminam uma série de bactérias benéficas ao desenvolvimento vegetal), fornecem nitrogênio.
Os relâmpagos e trovões realizam uma fixação biológica de nitrogênio durante as tempestades, “limpando” a atmosfera de poluição e lavando as folhas que ficam livres de poeiras. Nas regiões onde há garoas e as chuvaradas não existem, a vegetação é rala e com folhas miúdas.
As tempestades, tormentas, temporais ou torós, como são chamados, são fenômenos associados a ventos fortes, trovoadas, relâmpagos, raios e chuva copiosa, de curta duração, mas com efeitos que as plantas do jardim agradecem bastante.
Autor: Raul Cânovas