Calliandratweedii

Calliandratweedii

esponjinha-vermelha, quebra-foice, caliandra, diadema, topete-de-pavão, esponjinha-sangue, arbusto-chama, mandararé

Descrita em 1840 pelo botânico George Bentham (1800 – 1884) que formou um herbário com mais cem mil espécies de todo o mundo, no Kew Garden de Londres, a caliandra – um gênero com 200 espécies – é extremante rústica e atrai beija-flores, indiferente às variedades da umidade ambiente e aos tipo de solos – sem contanto o pH ser muito alcalino – não é atacada por doenças, formigas e outras pragas o que a transforma em arbusto ideal para áreas públicas, canteiros centrais (desde que com boa largura) e estradas, formando longos renques. Nestas últimas poderiam atenuar as derrapagens de veículos quando, por qualquer motivo, saem da estrada, evitando capotamentos ou batidas de frente com edificações, como fazem as caixas de brita, no automobilismo de competição, criando áreas de escape.

Entre outros arbustos o prefiro, como elemento cênico, formando um “pano de fundo” e acentuando a perspectiva como era costume nos palcos do Renascimento, onde se pintava uma tela de fundo logrando assim profundeza. Cabe lembrar que o paisagismo é a maneira organizacional onde a ciência e a arte trabalham unidas em beneficio do espaço tridimensional. Isto se impõe em lugar da simples decoração, ultrapassando a ideia de ornamentação que ainda fica seduzida, mais do que gostaria, pelo conceito retrógrado do paisagismo como algo apenas decorativo.

Essa esponjinha, pela razão de sua folhagem escura e sem brilho, é perfeita com planta de fundo, especialmente formando grandes grupos que ressaltam odistanciamento do observador em face da paisagem que tem na sua frente, dando assim a ilusão de ser o espaço maior.

Autor: Raul Cânovas

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