Bosque dos Jequitibás

Em Campinas, São Paulo, foi criado em 1880 um bosque de mais de quatro alqueires onde foram plantados jequitibás. Este espaço está sendo revitalizado desde o início da semana


Um pedaço de Mata Atlântica dentro do bosque

 

Localizado na região central da cidade, distante 96 quilômetros da capital paulista, o Bosque dos Jequitibás era conhecido até finais do século XX como “Campo das Caneleiras” e pertencia a Francisco Bueno de Miranda. Naquele ano o proprietário decidiu tornar público o espaço e chamou o arquiteto Ramos de Azevedo, que projetou uma área com linhas inglesas acompanhadas de várias construções.


Entrada do Bosque dos Jequitibás

Anos mais tarde, em 1915, o parque foi comprado pela Prefeitura de Campinas. Nas décadas seguintes, os projetos paisagísticos e urbanísticos de Anhaia Melo e Prestes Maia vieram aprimorar o local, que precisava acompanhar o desenvolvimento acelerado da cidade.


Vista aérea

Em 1970 o CONDEPHAAT tombou o zoológico existente e em 1993 fez o mesmo com o conjunto todo. Dois anos mais tarde obteve o reconhecimento de seu zoológico por parte do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Há poucos dias iniciou-se um processo de revitalização que, de acordo com o Departamento de Parque e Jardins, responsável pela obra, está sendo feito por etapas e atende às normas estabelecidas pelo próprio IBAMA.

A tarefa de revitalização é um exemplo de preservação do espaço público, especialmente se tratando de um “pulmão verde” que fornece ar puro a uma metrópole de mais de um milhão de habitantes. A última vez que visitei o parque tive uma sensação muito agradável, algo assim como adentrar em um refúgio verdejante no meio de um paliteiro feito de concreto, aço e vidro, que estimula a elevação da temperatura desta cidade que já é naturalmente muito quente.

Autor: Raul Cânovas

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