Hortênsias

ORIGEM

Vieram do Japão, no entanto, as verdadeiramente silvestres surgiram na China e bem antes de instalar-se em Gramado, Canela, nas serras fluminenses, especialmente nos barrancos marginais do Rio Piabanha e nas montanhas capixabas, foram muito prestigiadas na Europa, principalmente na França, para onde foi levada, em 1771, pelo botânico francês Philibert Commerson, que a batizou de hortense em honor a Hortense Lepante, esposa de um amigo seu.

HISTÓRIA

Mas durante o reinado de Luis XIV, as hortênsias apareciam nas tapeçarias da famosa Casa Gobelin, feitas pelo Jean-Baptiste Mennoyer, famoso artista da época. Hoje milhares de mudas são cultivadas no Vale do Rio Loire, em Angers, Tours, Orleans, bem como na Bretanha, ou na região perto de Paris, famosos centros da floricultura francesa.
Pode ser encontrada em vários outros países da Europa, de modo subespontânea.

CLIMA E CULTIVO

Este gênero compreende 35 espécies arbustivas, sendo algumas trepadeiras. Hoje existem infinidades de híbridos destas Hydrangeas que em grego significa algo assim como “bebedora de água”. Originariamente viviam em bosques úmidos onde recebiam algumas poucas horas de sol, no entanto a pleno sol florescem mais. Preferem solos ácidos e humosos e, com invernos frios (sem geadas) se vem livres de contaminações por doenças fúngicas.

PORTE

Normalmente alcançam, nos jardins, 1,00 m a 1,50 m; porém nas regiões de clima temperado pode alcançar, depois de alguns anos, 2,50 m de altura, com um diâmetro equivalente.

ADUBAÇÃO

No início da primavera os adubos nitrogenados favorecem o desenvolvimento da planta, mas assim que os botões florais surgem, deve ser substituída essa adubação por outra rica em fósforo e potássio. Quando cultivadas em vasos o esterco de galinha é um alimento perfeito e deve ser usado diluindo 1 kg em 20 litros de água. Este preparado deve repousar durante 3 dias antes de usá-lo para regar as mudas.

PODAS

As hortênsias como todos os arbustos que florescem nas brotações novas, precisam de uma boa poda todos os anos, para provocar uma florada intensa. Devem se cortar todos os ramos que deram flor no ano anterior deixando dois ou três gemas em cada galho.

COR DAS FLORES

É interessante como esta planta varia o colorido das flores, dependendo do pH do solo. Quando ácido ficam azul-claro, e se aplicada uma solução de 3 g de alume amoniacal em cada litro de água, tornam-se azul-cobalto. Para lograr tons rosados, e até avermelhados, deve-se colocar 300 g de calcário dolomítico por m².

MULTIPLICAÇÃO

Por estacas dos caules novos, no início da primavera.

Autor: Raul Cânovas

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