O mundo fascinante dos cactos e outras plantas crassas


Plantas da direita para esquerda: Euphorbia ingens, Opuntia palmadora e Opuntia
Foto: Raul Cânovas 
 

O s cactos e as suculentas são verdadeiras manifestações da luta pela sobrevivência. Estas plantas possuem uma estrutura que lhes permite viver em condições ambientais extremamente difíceis e absolutamente impossíveis, para outras espécies. Acostumados com a falta de água, são os típicos habitantes de áreas desérticas. Nessas regiões a cobertura vegetal é esparsa, quando não ausente, e as chuvas ocorrem raramente. Os desertos, com sua vegetação às vezes bizarra e sofrida, podem existir tanto em regiões quentes como são os casos da caatinga nordestina ou Jalapão, em Tocantins; como em regiões frias, da Patagônia Argentina.

AS FAMILIAS A QUE PERTENCEM
Espécies rústicas, com espinhos ou não, que armazenam água e vivem em regiões áridas, pertencem às seguintes famílias:

Aizoáceas (Aptenias,Lampranthus, Mesembryanthemum,etc.) –  Amarilidáceas (Agaves, Furcraeas) – Asclepidáceas (Ceropegias, Hoyas, Stapelias, etc) –  Cactáceas (Cereus, opuntias, Echinocereus, etc.) – Crasuláceas (Aeoniuns, Echeverias, Kalanchoes, seduns, etc.) – Compostas (Senecios) – Euforbiáceas (Euphorbias, Pedilanthus) –  Liliáceas (Aloes, sansevierias, Yuccas, etc.).

TEMPERATURA
A maioria suporta o frio (perto de 0°C ou menos, dependendo da espécie) desde que não muito hidratados, contudo não toleram geadas. No verão toleram temperaturas altas, como os “prickly pear” (pêra-picante) do Texas, que dão uma flor amarela, na primavera e mais tarde uma fruta comestível muito gostosa, esse cacto e também o peyote, no norte do México vivenciam, em junho e julho 43°C. É importante esclarecer que esta temperatura é registrada na sombra e como os cactos estão a pleno sol, o termômetro registraria muitos graus a mais.

VENTILAÇÃO
Não se adaptam em locais com pouca circulação de ar, como ambientes internos ou cantos úmidos onde proliferam fungos. É sempre preferível que sejam expostos a face Norte, onde a luminosidade é mais intensa e os ventos são mais secos.

SOLO
Deve ser permeável. A porosidade do substrato tem que ser alta, de modo a que a água das regas desapareça rapidamente para evitar encharcamentos. Uma parte de areia grossa misturada com uma parte de húmus de minhoca é o ideal. O húmus é preferível por ter um pH mais alto, já que os cactos não vivem bem em solos ácidos; estercos podem fermentar por isso é melhor evitá-los, usando, apenas, de maneira bem homeopática, um NPK na fórmula 4-14-8. Quando cultivados em vasos ou outros recipientes, uma camadinha de carvão, no fundo, irá facilitar a drenagem e impedir a formação de fungos.

REGAS
Em quase todas as regiões do nosso país a umidade ambiente é suficiente para a maioria dos cactos e suculentas. No entanto, especialmente durante a estiagem, podem ser regados uma vez por semana, com água de chuva ou água mineral. O custo de esta última é insignificante se considerarmos a pouca quantidade a ser usada.

Autor: Raul Cânovas

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