Um pomar para as regiões do cerrado

O cerrado cobre 1,5 milhão de Km², no Oeste de Minas Gerais, boa parte de Goiás e Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, quase 90% do Estado de Tocantins, as regiões Oeste da Bahia e do Piauí e o Sul do Maranhão. Além de surgir, em formas de ilhas isoladas, em São Paulo, Rondônia, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá.

Geralmente ocupa áreas planas, com solos pobres e ácidos. A vegetação possui características típicas das regiões áridas, com galhos retorcidos e casca grossa, as folhas dos arbustos e das árvores são peludas ou brilhantes. Durante a estiagem essas folhas caem. Infelizmente são espécies pouco conhecidas pelos paisagistas; na medicina popular algumas são bastante utilizadas, como é o caso do paratudo (Tabebuia áurea) empregada no tratamento de gripes, inflamações e ate câncer, neste último caso uma substancia presente nas cascas, e conhecida como lapachol, vem sendo estudada há mais de trinta e cinco anos.

Formar um pomar nessas regiões, com as frutíferas nativas, irá garantir uma boa produção de fruta, sem nenhum gasto com manutenção já que são adaptadas aos longos períodos de estio sem necessidade de regas. Por serem de portes pequenos ou médios, não precisam de podas continuas a não serem aquelas de formação, na fase inicial de crescimento.

Listo a seguir 9 espécies que, anualmente, nos regalam com frutos nutritivos e gostosos e que raramente são encontrados a venda nos supermercados. Outro aspecto que acho importantíssimo é o cultural, preservando nossa flora nativa estamos resguardando nossas origens.

Autor: Raul Cânovas

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