Trachycarpus fortunei

 Palmeira-moinho-de-vento , palmeira-da-sorte

Certa vez a vi sendo cultivada em um condomínio, perto de Paraty e me perguntei: quem será o paisagista que escolheu justamente uma das poucas palmeiras do mundo originária de zonas onde neva, para usá-la numa região tropical onde a temperatura média anual é de 24º? A espécie há tempos é uma escolha entre os paisagistas europeus por causa da preferência que possui por invernos frios. Por exemplo, ela é plantada na Escócia, Bélgica, Alemanha, Dinamarca e até na Bulgária. Lá, na cidade de Plovdiv, os verões são geralmente quentes e secos, mas os invernos são de um frio siberiano, prova disto é que um Trachycarpus suportou -27,5º em 6 de janeiro de 1993, sem nenhuma consequência para sua saúde. Isto se deve a que seu tronco único fica coberto por uma camada fibrosa muito grossa, de cor cinza amarronzado, que a protege, servindo para fazer cordas, vassouras, sacos, capachos e inclusive servindo para confeccionar panos usados para vestir pessoas mais carentes na China. Suas folhas com forma de leque também são duras e resistentes.

No sul, é originária de uma latitude equivalente ao Uruguai e pode ser cultivada em áreas montanhosas como a Serra da Baitaca ou do Ibitiraquire no Paraná, e nas serras catarinenses e gaúchas. Mas no litoral do Rio Grande do Sul, especialmente acima da Lagoa da Mangueira, seu desenvolvimento será acanhado.

É sempre bom lembrar que os produtores de palmeiras, em todo o país, cultivam espécies para as mais variadas situações e que antes de vitimar uma planta é recomendável consultar um desses cultivadores, para esclarecer a melhor opção no projeto que o paisagista desenvolve.

Acesse mais detalhes e informações na nossa Biblioteca de Espécies.

Autor: Raul Cânovas

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