O Antigo Egito

O antigo Egito está rodeado de grandes mistérios e um dos motivos é que as areias do deserto soterraram monumentos, túmulos e, até jardins.


 
Os arqueólogos, depois de inúmeras escavações, encontraram e continuam encontrando, os vestígios de uma civilização fantástica. Vilas construídas em adobe, há mais de setenta séculos, são o testemunho de tudo isto.
Mas, em termos de jardins, as provas são apenas escritas ou desenhadas, infelizmente eles desapareceram junto com seus jardineiros. Um exemplo notável foi a dedicação que a Rainha Hatshepsut dispensou aos jardins. Ela governou o país entre 1479 e 1458 a.C. tornando-se a única mulher faraó da historia. Era filha do, também faraó, Thutmés I.
Senmut foi um homem-chave durante o reinado dela, acumulando as funções de: administrador do palácio, arquiteto e superintendente dos jardins de Amon. Foi ele o responsável pela expedição ao país de Punt, provavelmente a Somália atual, para trazer as árvores que produziam incenso (Boswellia carteri). Conseguiram trinta e duas mudas, cuidadosamente arrancadas na primavera e transportadas em recipientes de palha. As etapas do processo, estam ilustradas nos muros do templo funerário Deir-el-Bakhari, em Tebas, onde se podem ver cinco barcos seguindo a rota do Mar Vermelho e chegando à destino. Lá são recebidos com júbilo por Pa-Rahu e sua esposa Ity, governantes reais do país.
Após vinte dois anos de reinado, com trinta e sete anos de idade, Hatshepsut morre e por fim é enterrada no templo mortuário de Deir-el-Bakhari. Enfim, coisas de uma soberana que sonhou com a felicidade em um outro mundo.

Autor: Raul Cânovas

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