Kalanchoe tubiflora

Flor-de-abissínia, bálsamo alemão, cacto-japonês, cacto-da-abissínia 

Está aí uma planta que lembra minha infância. Por causa da propagação extremamente fácil, e até espontânea, brincava com ela soltando as gemas localizadas no ápice das folhas, para reproduzi-la. E mesmo que não contasse com minha ajuda, as mudinhas cresciam por conta própria em volta da planta-mãe, deixando-me maravilhado. Apesar de não ser mais criança, continuo a me encantar com ela , contemplando-a nos lugares mais insólitos como, por exemplo, os telhados das casas coloniais em Parati ou nos espaços áridos, como marquises, convivendo com o tapete-inglês e o ripsális.

Com um formato muito original, esta planta suculenta, classificada também como Briophyllum tubiflorum, possui folhas cilíndricas (por isto sua classificação tubiflora) e tigradas. As flores, que os beija-flores adoram, surgem nos extremos de cada planta e são exuberantes ao ponto de consumir as energias da planta, que sucumbe após a florada. Nos terrenos férteis apresenta um viço maior, segurando por mais tempo as folhas próximas a sua base. Entretanto quando úmidos demais e com pouca drenagem, dificilmente suporta muito tempo, apodrecendo suas raízes.

No paisagismo, cabe em situações onde a manutenção e as regas são dificultadas pelo acesso complicado. Lajes, jardineiras onde a aproximação é trabalhosa, canteiros com pouquíssima profundidade, varandas em apartamentos de final de semana, e qualquer outro espaço onde seja complicada a conservação e não se tenha muito tempo para aguar as plantas. Nestas ocasiões, a flor-de-abissínia, que pertence ao gênero Kalanchoe compreendendo cerca de 200 espécies nativas, principalmente no continente africano, é quase imbatível.

Acesse mais detalhes e informações na nossa Biblioteca de Espécies.

Autor: Raul Cânovas
 

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