Flores comestíveis

A utilização de flores na culinária, não apenas como enfeites, mas, também agregando sabor aos pratos é cada vez mais freqüente. Na cidade de Cerquilho, distante 140 km de São Paulo, a produtora dessas floríferas, Débora Orr, cultiva mais de 30 espécies. São: amores-perfeitos, caléndulas e capuchinhas, entre outras, que de tão procurados fizeram triplicar a produção nos últimos tempos. Atualmente 4 mil flores são vendidas por semana para complementar saladas e pratos quentes.
 

 

O famoso chef, Ferran Adrià, do restaurante El Buli, na Espanha, propõe um prato que é uma espuma decorada com 14 flores diferentes. Elas devem ser degustadas uma a uma, para sentir as peculiaridades de cada espécie, seja nos sabores ou nos seus perfumes. Por aqui, o não menos badalado Alex Atala, do Restaurante D.O.M., prepara um risoto ao açafrão com tempurá de flor de abobrinha e uma entrada batizada de ervilhas em água de alface, com flores de borragem.

Segundo a nutricionista, dos Vigilantes do Peso, Sônia Almeida, as vitaminas, minerais (ferro, cálcio e potássio) e antioxidantes que essas flores possuem, contribuem com a saúde. A rosa, a capuchinha e o dente-de-leão, são ricos em Vitamina C, sendo este último rico também em betacaroteno. Por outra parte as flores têm baixas calorias (cerca de 40kcal para cada 100g). isso, é claro, depende das receitas: nos mais de sessenta anos da Era Vitoriana, as damas inglesas preparavam, para acompanhar o chá das cinco, pétalas de rosas cristalizadas, cobertas com clara de ovo e água que, na hora de servir, eram polvilhadas com açúcar.

De maneira mais leve, as flores podem emprestar aromas aos vinhos, licores, azeites e vinagres. Podem servir para geléias e sucos, saladas, picles e conservas e um sem fim de outras receitas. Ficam lindas quando utilizadas dentro dos cubos de gelo, para refrescar limonadas e outros sucos.

São muitas as escolhas: flor de abóbora, borragem, agave, verbena-limão, rosa-de-jericó, camomila, endro, carambola, açafrão, cravina, girassol, ipê-rosa, violeta e hibisco.

É importante que o cultivo seja livre de defensivos químicos e os produtores devem ser cadastrados especialmente com a finalidade alimentícia.

Autor: Raul Cânovas

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