Como inaugurar 2013?

Estrear um ano acabado de ser feito, não é como usar uma roupa nova

Para todo mundo começou no primeiro minuto do dia 1º de janeiro. Até aí tudo certo, tudo igual para seus pouco mais de 7 bilhões de habitantes, aliás pouco mais não, para ser exato 7.087 bilhões, afinal de contas essa diferença é a população da Alemanha e Noruega somadas. Mas será que esses alemães, noruegueses e também chineses, nigerianos e neozelandeses, além, claro, dos brasileiros que por aqui habitamos pensam da mesma maneira?

Apesar dessa globalização tão falada as pessoas tem suas próprias expectativas, principalmente quando considerarmos as peculiaridades de cada um desses países. Obviamente quando um alemão, usufruindo da maior economia da Europa, pensa em gastar seus euros, os usa, principalmente, com sua própria saúde, enquanto que os gastos significativos na Noruega são com uma boa gastronomia. Bem diferente dos chineses que compram produtos de grife, sejam carros, roupa ou produtos de beleza. Em outras partes a paixão por comprar – e isto quando conseguem – se restringe a coisas mais prosaicas como comida, moradia decente e educação básica, itens que afligem, por exemplo, os 155 milhões de nigerianos.

Por tudo isso imagino que, quem começou o ano, tem possibilidades e esperanças muito diferentes, dependendo de onde o destino o colocou para viver e sonhar. Por estas bandas concebemos um 2013 notavelmente mais otimista do que na Europa ou nos EUA, um pouco, claro, porque temos a tendência de ver o bem em tudo e o resto porque corremos atrás das coisas a uma velocidade fantástica, independente de indicadores económicos, bolsa de valores ou política.

Como paisagista vejo um mercado crescente, longe ainda dos europeus que consomem 50% da produção mundial de plantas e flores, tendo ainda que importá-las na maior parte da América Latina , mas com um incremento substancial em todas as áreas ligadas ao setor.

O mercado de flores e plantas no Brasil vem registrando um crescimento entre 12% e 15% ao ano, bem acima da média da economia nacional, fechando nos últimos tempos uma movimentação anual próxima de R$ 4 bilhões. Além do mercado interno, o Brasil exporta para: Holanda, Estados Unidos, Itália, Japão e mais 30 países. Grande parte do crescimento apresentado e do potencial futuro é creditada ao crescimento da comercialização de flores e folhagens de corte, flores envasadas e mudas de plantas destinadas ao paisagismo e à jardinagem. Do total movimentado no setor, 50% correspondem a esse último segmento, aquecido pela área de construção civil, com o surgimento de novos condomínios de casas e prédios residenciais e comerciais e também por conta do planejamento urbano em cidades que serão sede da Copa do Mundo da FIFA, em 2014. Isto é um esforço de 4 mil produtores em 304 municípios, cultivando uma área de cerca de 5,2 mil hectares anualmente, fornecendo esses insumos para 20 mil pontos de venda no país.

Em fim precisamos iniciar o ano brasileiramente, com um sorriso bem desenhado e muita vontade de trabalhar.

Autor: Raul Cânovas

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