Acidez no Solo

No Brasil, os solos são normalmente ácidos e o motivo, entre outros, são as chuvas frequentes que lixiviam, ou seja, lavam o solo de modo excessivo levando o cálcio e o magnésio junto com as águas. Esses nutrientes são substituídos por elementos acidificantes (hidrogênio, alumínio e manganês). Outra das causas é o cultivo intensivo, já que os vegetais retiram do solo os nutrientes que precisam para seu desenvolvimento, colaborando para seu empobrecimento. Também a erosão, mais frequente em áreas com declividade, é um fator que propicia a acidez, levando a camada fértil e expondo aquelas do subsolo, naturalmente ácidas.

SAPÉ, CAPIM-BARBA-DE-BODE E SAMAMBAIA-DAS-TAPERAS

Quando crescem espontaneamente essas samambaias o capim barba-de-bode ou o sapé é certeza que o solo é ácido; eles são indicadores de um pH de, no mínimo, 4,5 Em esses casos não adianta adubar, porque o aproveitamento será mínimo.

Vejam, por exemplo, o que acontece se em uma área onde aplicamos qualquer fertilizante rico em macro e micronutrientes

APROVEITAMENTO DE ALGUNS NUTRIENTES

NITROGÊNIO = 20%
FÓSFORO = 30%
POTÁSSIO = 30%
CÁLCIO = 20%
ENXOFRE = 40%

Fica claro que o desperdício será enorme. Para solucionar isto é necessário medir com um peagâmetro o pH do solo. Esses aparelhos podem ser comprados por menos de R$ 100,00.

Para corrigir um solo ácido usa-se calcário dolomítico. A cada 150 g por metro quadrado, elevamos um ponto. No caso que exemplifiquei, para elevar o pH à 6,5, precisaríamos 300 g desse corretivo, que deve ser incorporado em até 40 cm ou mais.

O gesso agrícola ou fosfogesso é apropriado como corretivo de subsuperficie por alcançar profundidades maiores.

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