A Figueira

Sinceramente não entendo porque, apesar da popularidade do Fícus benjamina, não se plantam mais aquelas figueiras com frutos comestíveis.

Esta árvore, nas regiões: Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, podem frutificar mais de uma vez ao ano, inclusive quando cultivada em vasos grandes. Já tenho ouvido que não é bonita e que é até, meio desengonçada, entretanto vejo nela algo de original, de sensualmente mitológico e sagrado. Ao final de contas, o figo era dedicado ao deus Baco e mencionada na Bíblia quando Adão, consciente da sua nudez, se vestiu com suas folhas.

Bem antes da Era Cristã, judeus, egípcios, gregos e romanos a cultivavam, principalmente porque os figos podiam ser secados e conservados durante muito tempo. Há quem diga que era cultivada em tempos remotíssimos na região da Cisjordânia.
É interessante saber que, na religião mosaica, este fruto é considerado um dos sete alimentos da Terra Prometida, junto à romã, ao trigo, à uva, à tâmara, à azeitona e à cevada. Naqueles tempos era costume escrever uma pergunta em uma folha e, dependendo da forma que ela tomava e de como murchava, a profecia era interpretada; essa prática adivinhatoria era conhecida como sicomancia.

A planta pode ser produzida a partir de uma estaca, plantada diretamente em uma cova de 40 x 40 x 40 cm, agora em julho, adubando assim:
– 500 g de calcário
– 10 k de esterco curtido de curral ou 1,5 k de esterco de galinha
– 300 g de farinha de ossos
– 1 litro de cinzas de lenha
Misture bem, junto com a terra originada pela raspagem superficial do solo.

Autor: Raul Cânovas

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