A feijoa

Classificada pelos botânicos como nome de Acca sellowiana e conhecida também pelos nomes de goiaba-serrana ou goiaba-ananás, é uma espécie ornamental que oferece frutos saborosos

Em 1890 um francês, Edward André, levou à Europa uma muda desta arvoreta para cultivá-la na Riviera francesa, no litoral sul da França. Em pouco tempo, as plantações se espalharam pelo Mediterrâneo, sendo levada, mais tarde, à Crimeia e a Geórgia, países encostados ao Mar Negro e ao Azerbaidjão, vizinho deste último. A planta, da família das mirtáceas como a jabuticabeira, é cultivada por lá há mais de setenta anos, graças ao clima favorável, com invernos frios, mas sem neve e verões bastante quentes. Situação muito parecida com as serras gaúchas, os pampas uruguaios e o norte argentino.

Otto KarlBerg , um botânico alemão, batizou o gênero honrando o naturalista luso-brasileiro João da Silva Feijó. Durante o período em que morou no Ceará, Feijó foi encarregado pela coroa portuguesa de enviar espécies da flora nordestina para o Real Jardim Botânico da Prússia, originando, mais tarde, esta homenagem.
Raramente ultrapassa os quarto metros de altura e é extremamente bonita graças ao colorido acinzentado das folhas, que lembram as das oliveiras, o formato arredondado da copa e as flores com pétalas brancas e cor de rosa no lado interno, com estames formando um conjunto de fios púrpura. O sabor dos frutos é um misto de abacaxi e morango.

Pode ser mantida a pleno sol ou na meia-sombra e suporta bem o frio, mas não as geadas. Nas regiões com temperaturas muito baixas é melhor seu cultivo em vasos que possam ser levados a locais protegidos durante o inverno. O resguardo dos ventos frios é aconselhável. Suporta solos salinos e brisas marinhas, preferindo solos bem drenados. As regas devem ser semanais, e as podas não são necessárias. Suas consequências podem inibir a produção de frutos por até dois anos. A propagação é feita por sementes, porém quando feita por estacas os resultados são mais rápidos. Também pode ser reproduzida por alporque.

Autor: Raul Cânovas

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