Roystonea oleracea

palmeira-imperial

Seu nome homenageia o general Roy Stone (1836 – 1905) que participou da guerra civil americana e trabalhou ativamente na construção de estradas em Porto Rico, quando Espanha, em 1898, cedeu o arquipélago do Caribe aos Estados Unidos. A R. oleracea,emblema central do brasão de armas da bandeira haitiana, se diferencia da R. regia (palmeira-real), nativa em Cuba, em vários aspectos: suas folhas são mais escuras e os folíolos que a compõem são arqueados e formam uma massa mais densa; além disto seu palmito é aparente, enquanto que na real fica escondido pelas folhas, alcançando um porte menor de, no máximo, 25 metros. Os frutos cilíndricos são, também, maiores. Como é comum na maioria das palmeiras, pode ser afetada por algumas pragas, estimuladas pelo excesso de luminosidade artificial durante a noite, a lagarta (Brassolis sophorae) e o bicudo (Rhynchophorus palmarum) são os mais frequentes.

Seus frutos atraem papagaios e araras, além de utilizados na alimentação de porcos nos países caribenhos. Foi aclimatada pelos franceses, no jardim botânico La Gabrielle, na Guiana Francesa e depois transferida para o Jardin de Pamplemousse, nas Ilhas Maurício e introduzida no Brasil por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que a presenteou, em 1809, a dom João VI. O rico comerciante português, tinha sido aprisionado junto com toda a tripulação de seu navio, que naufragara. Gozando um pouco da liberdade dada aos oficiais portugueses com os quais estava preso, visitou o Jardin de Pamplemousse, onde os franceses aclimatavam diversas espécies, com o propósito de aclimatá-las em suas colônias. Luiz de Abreu usou sua capacidade negociadora para obter sementes de cravo-da-índia, canela, jaqueira, fruta-pão, lichia, noz-moscada, mangueira, da palmeira-imperial e muitas outras. O pagamento de um resgate volumoso lhes deu a liberdade e os portugueses partiram para o Brasil. Contam que durante a viagem, a cabine do rico comerciante parecia uma estufa, cuidando com muito carinho das mudas que surrupiara dos franceses.Quando foi plantada pelo príncipe recebeu a alcunha de palmeira-imperial. A Palma Mater, como ficou também conhecida, floresceu em 1829 por primeira vez. Dela, descendem todas as palmeiras-imperiais do Brasil. Foi fulminada por um raio em 1972. Na época, tinha alcançado 38,70 metros de altura. O tronco, preservado, encontra-se em exposição no Museu Botânico.

Atualmente continua a ser plantada nos jardins, por causa de seu passado nobre e de sua beleza.

Confira a ficha completa na Biblioteca de Espécies.

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