Curiosidades e histórias das plantas que fizeram moda nos jardins brasileiros

Primeira Parte: Rosas, jardim paulistano, jardim botânico do Rio de Janeiro, Paul German, Dom Pedro I e tradições africanas.

As rosas

Parece ser que José de Anchieta trouxe na sua bagagem algumas mudas de roseiras. Muito tempo depois, o juiz de direito Joaquim Martins Fontes da Silva enviou 62 variedades a exposição internacional, nos jardins de Bagatelle, em Paris, no ano de 1908, obtendo vários prêmios. Roselândia realizou a primeira festa das rosas, em 1952

O primeiro jardim paulistano

A historia dos jardins em São Paulo, começou em 1680, quando João de Toledo Castelhanos, construiu uma casa de final de semana, rodeada por plantas ornamentais em uma área hoje ocupada pelo Jardim da Luz. Anos mais tarde, em 1799, nesse mesmo local foram plantados os primeiros exemplares de Pandanus veitchii trazidos, possivelmente, da Polinésia.


Pandanus vietchii.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Em 1812, um fugitivo das Ilhas Mauricio, chamado Luiz de Abreu, trouxe de lá, mudas de Camellia, Cinnamomum camphora (canfoneiro) e de Roystonea oleracea (palmeira-imperial), presenteando-as ao Imperador Dom João VI, que a partir deste momento, transforma a Fábrica de Pólvora no Real Horto, hoje, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Naquela época, os jacintos eram muito populares. Em 1859, Frei Custodio Alves Serrão, então diretor do Real Horto, traz da Ilha de Madagascar o primeiro Delonix regia (flamboyan).

Foto: Peripitus.

Cinnamomum camphora.

Paul Germain

O agrônomo francês Paul Germain, trouxe para pernambuco, em 1817 a carambola, o bambu-gigante (Dendrocalamus) e o Dypsis lutescens (areca-bambu), esta última foi levada mais tarde ao Rio de Janeiro, tornando-se uma das palmeiras mais utilizadas pelos paisagistas até a década de 1990.

Dom Pedro I

O Osmanthus fragrans é um grande arbusto, que na primavera floresce dando muito perfume; Dom Pedro I a escolhe como uma das suas plantas favoritas, por isso, ela é conhecida até hoje pelo nome de jasmim-do-imperador. O Codiaeum variegatum, conhecido como cróton, torna-se muito popular na época, especialmente, a variedade com folhas verdes e amarelas, que é apelidada de folha-da-independência festejando o início da República.

Fotos: Louise Wolff


Codiaeum variegatum.

Tradições africanas

Outra planta que foi extremamente popular e a Sansevieira trifasciata (espada-de-são-jorge), trazida pelos escravos nos navios negreiros.

Autor: Raul Cânovas

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