Como escolher a muda


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Verifique o crescimento: averiguar a altura máxima que a muda irá atingir; o tamanho da planta deve estar em concordância com o espaço disponível.

Verifique o habitat: se a planta for nativa do manguezal da ilha do Cardoso em SP, vai ser difícil aclimatá-la nas regiões de montanhas, como a Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, por exemplo; obviamente também roseiras, tuias e ciprestes não irão ter um desenvolvimento primoroso no litoral do Rio Grande do Norte, já que eles necessitam um inverno de tempo marcadamente frio.

Verifique a florada: são bastante freqüentes as pessoas que adquirem as mudas em um espaço curto de tempo, muitas vezes as árvores e os arbustos são encomendados em um mesmo dia e a escolha é feita em cima daquelas que estão em flor; utilizando esse método, infelizmente, o jardim só estará florido todos os anos, durante esse período, ficando um tanto sem graça nos outros meses.

Verifique o perfume: da mesma forma um jardim pode ser rico em aromas de janeiro a dezembro. A acácia-mimosa no inverno, a astrapeia na primavera, o jasmim-do-imperador no verão e o jasmim-laranja no outono.

Verifique a luz: assim como existem as heliófitas (pleno sol) outras precisam de locais sombreados; a primavera, por exemplo, só floresce em locais ensolarados, as marantas, no entanto, preferem a meia-sombra.

Verifique o solo: outro aspecto importante é o pH do solo, enquanto strelitzias, juniperus e piracantas aceitam terras calcárias; as camélias, azaléias e avencas tem notável preferência pelas terras ácidas; a textura do solo também incide no bem estar delas: bananeiras e helicônias se dão bem em terras barrentas com muita matéria orgânica, já as palmeiras, as videiras e as bromélias de restinga, preferem consistência arenosa, com pouca matéria orgânica, mais ou menos como a mandioca.

Verifique as raízes: estas podem ser rasas, médias ou profundas, tome cuidado com as primeiras, muitas vezes tão robustas que ocasionam prejuízos nos encanamentos subterrâneos e alicerces próximos: os flamboyants e fícus benjamins são casos típicos, as profundas, geralmente pivotantes, nunca devem ser utilizadas em jardim em cima de lajes, entre elas estão às primaveras, as tecomarias e a eugenias.

Verifique a folhagem: algumas plantas perdem suas folhas no período mais frio do ano, são as decíduas, estas embora com coloridos bonitos no outono, devem ser plantadas longe de piscinas; há também árvores, arbustos e herbáceas com folhas avermelhadas, cinzentas ou matizadas com cremes e amarelos, nunca abuse misturando excessivamente esses tons, seu jardim pode ficar “carregado”.

Verifique a forma: os vegetais se diferenciam também pelo formato, é importante saber combinar as diferentes formas utilizando copas colunares, piramidais, cônicas e arredondas. E assim criar renques onde as massas sejam harmônicas.

Autor: Raul Cânovas

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