Adubos orgânicos: húmus de minhocas

As minhocas proliferam em solos úmidos, frescos e ricos em matéria orgânica em decomposição. Estas Eisenias, como são conhecidas cientificamente, vivem em galerias profundas onde se protegem dos galináceos (faisão, perdiz, galinha, etc.) e de outras aves predadoras.

Construindo intricadas galerias subterrâneas, ficam protegidas das mudanças de temperatura e das chuvas abundantes. Enquanto trabalham, arejam a terra, possibilitando um melhor escoamento das águas e evitando processos de erosão, tão frequentes em solos compactos.

As raízes penetram mais facilmente no solo que, graças ao húmos (esterco), fica enriquecido. O aparelho digestivo da minhoca funciona como um laboratório de processamento químico: ele tem certas bactérias que produzem enzimas, tornando mais rico o excremento. A terra que o animal expele contém o dobro de  potássio, o triplo de magnésio e o quíntuplo de nitrogênio e do ácido fosfórico da terra ingerida. Além disso, contém substâncias inorgânicas representadas por uma vasta variedade de sais minerais.

As minhocas, cujo número deve girar em torno de 25 indivíduos por m², neutralizam não apenas o pH, mas também eventuais substâncias tóxicas presentes no solo, além de repelir organismos nocivos.

Não devem ser usadas em terras excessivamente pobres, já que nelas as minhocas não teriam alimento suficiente para sobreviver.

Portanto, uma adubação orgânica associada ao húmus é indispensável. Na proporção de 1,7% a 2% de nitrogênio, 1,4% a 3,8% de fósforo e 1,4% a 2,2% de potássio, 200 g por m² (fazer quatro aplicações em épocas quentes), no início de outubro, em meados de novembro, e início de janeiro e meados de fevereiro.

Autor: Raul Cânovas

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